A Güntner do Brasil, com sede em Caxias do Sul-RS e que abastece em torno de 70% do mercado nacional em seu segmento de sistemas de resfriamento e refrigeração, conquista um novo mercado: o da indústria farmacêutica, em crescimento no País. A expectativa da fabricante na Serra gaúcha, integrante de um grupo multinacional com mais de 90 anos presente na Europa e com operações na Ásia e América, é que os negócios para este setor representem até 15% do total das vendas no próximo ano.

O primeiro passo foi dado a partir de contrato com uma das líderes mundiais na produção de medicamentos para tratamento de diabetes, instalada no País. “Trabalhamos para nos tornar referência na produção de torres de resfriamento e estamos preparados para atender aos novos mercados como o da indústria farmacêutica”, afirma o diretor-presidente da Güntner, Osni Roberto Caron Filho.

Para atender a esse nicho, a fabricante produz soluções customizadas de resfriamento de alto desempenho e precisão, que é necessário tanto nas etapas de produção e processamento de produtos farmacêuticos como no armazenamento de matérias-primas e de estoques e na climatização de prédios industriais. Para isso a Güntner fornece torres de resfriamento (Drycooler Adiabático High Density ou ADCHD) que permitem manter a temperatura necessária, porém com consumo de água até 80% menor e com redução da emissão de dióxido de carbono, o que assegura maior sustentabilidade.

No caso do maior cliente atendido da indústria farmacêutica, o fornecimento foi de um conjunto de 11 equipamentos contendo 198 ventiladores de alta eficiência. Cada torre em operação pesa o equivalente a 17 toneladas. “São projetos de alto valor agregado, e nossa fábrica no Brasil está pronta para atender aos mercados mais exigentes, como o europeu e o norte-americano, com produtos com certificação ASME e/ou PED (Pressure Equipament Directive)”, diz a gerente da Divisão de Refrigeração Comercial & HVAC da Güntner no País, Débora Faili. A executiva menciona que, além das tecnologias agregadas aos equipamentos, o atendimento ao setor farmacêutico também requer uma série de normas, regulamentações e certificações. “A Güntner traz essas soluções com qualificação e inspeção de processos, muitas das quais são também fundamentais ao atendimento a outras frentes de negócios”.

Desafio teve cooperação internacional

O desafio de atender um novo segmento movimentou a parte de treinamento e desenvolvimento de pessoal para além da sede brasileira. Para garantir a uniformidade em processos, recentemente funcionários de Caxias do Sul fizeram intercâmbio em outras unidades do grupo, como na matriz, em Munique, e integração na unidade do México, visando o potencial para outra divisão de negócio da Güntner, o de data centers. A empresa atende também as áreas de produção de biogás e biometano e petroquímica, entre outras, a partir do seu parque fabril, no bairro Santa Fé, em Caxias do Sul.

Sobre a empresa

● Na unidade em Caxias do Sul, a empresa produz condensadores evaporativos em aço inoxidável ou galvanizados, resfriadores de ar, dry coolers, condensadores a ar, geradores de gelo e vasos de pressão e projetos turn-key (solução completa);

●  Além de controles de qualidade em processos de engenharia, a preocupação com o ambiente e com a sustentabilidade estão presentes. A empresa utiliza um laboratório de testes climáticos e possui certificações como ASME, PED (Pressure Equipament Directive) e ISO9001;

●Neste ano, a Güntner recebeu o Prêmio de Liderança em Sustentabilidade no Sustentability Awards 2024, que destaca organizações que integraram a sustentabilidade como elemento central de suas práticas comerciais;

●A empresa utiliza IOT (internet de coisas) para gerar informações sobre uso dos produtos em tempo real, para que o cliente possa acessar os dados a qualquer tempo, obtendo diagnóstico de eficiência, por meio da análise dos dados, como o consumo de água ou energia;

● Em Caxias do Sul, a unidade conta com 335 funcionários e, no grupo, são cerca de 4 mil pessoas.

● 80% da produção da Güntner fica no mercado interno e 20% é exportado.