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Caxias do Sul,30/11/2024

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Fenasoja 2024 | Ato marca abertura da Cozinha Experimental e Homenagem a Destaques da Extensão Rural

Fonte: Imprensa - Emater RS
Fenasoja 2024 | Ato marca abertura da Cozinha Experimental e Homenagem a Destaques da Extensão Rural Divulgação

Um ato com dupla celebração esteve entre os destaques da programação da Fenasoja 2024 no primeiro dia da feira (29/04): a abertura oficial da Cozinha Experimental da Soja, “Cozinha da Neca”, e a inauguração da Galeria de Destaques da Extensão Rural.

A presidente da Comissão de Agricultura, Soja e Derivados, Vanessa Gnoatto, explica que na Cozinha da Neca, espaço tradicional de divulgação e fomento ao aproveitamento saudável e diversificado da soja na alimentação humana, o público terá a oportunidade de participar diariamente de oficinas gratuitas, de aproximadamente 20 minutos cada, em quatro horários durante o dia – às 10h, 11h, 14h e 15h30 – organizadas pela Emater/RS-Ascar. Além disso, as instituições de ensino Unijuí e Instituto Federal Farroupilha (Iffar) devem conduzir oficinas culinárias junto ao espaço, de maneira intercalada, às 19h30.

A Cozinha Experimental da Soja é coordenada pela Comissão de Agricultura, Soja e Derivados da Fenasoja e Emater/RS-Ascar, com apoio da Cotrirosa, Coopermil, Nutriwieder e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, através da Assessoria de Políticas para as Mulheres. Neste mesmo pavilhão temos a representação de outros segmentos da cadeia da soja, com espaço voltado a agroindústrias locais, à cadeia de produção como a Nutri Wieder, Unidade de Cooperativismo e Gerência de Classificação e Certificação da Emater/RS-Ascar.

Entre as lideranças que estiveram no descerramento da placa da Cozinha da Neca, nome que homenageia a extensionista que atuou na Emater/RS-Ascar por mais de três décadas e foi uma das principais entusiastas do uso da soja na alimentação humana, estão a homenageada Neca Bao, o prefeito de Santa Rosa, Anderson Mantei, o diretor do Departamento da Agricultura Familiar da Secretária Estadual de Desenvolvimento Rural, Flávio José Smaniotto, presidente da Fenasoja 2024, Dário Germano, presidente da Emater/RS, Luciano Schwerz, presidente da Comissão de Agricultura, Soja e Derivados da Fenasoja 2024, Vanessa Gnoatto, gerente regional e gerente adjunta da Emater/RS-Ascar, Valmir Thume e Ivânia Polaczinski, o diretor executivo da Coopermil, Jaime Stochero, e o  presidente da Cotrirosa, Clenir Antônio Dalcin.

HOMENAGEM AOS DESTAQUES DA EXTENSÃO RURAL

A programação também foi marcada por reconhecimento e emoção. Foi inaugurada a Galeria dos Destaques da Extensão Rural. O objetivo é homenagear, a cada feira, personalidades que marcaram a história da Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) e o cenário do meio rural na região de Santa Rosa com seu trabalho.

Os primeiros nomes homenageados foram os dos engenheiros agrônomos Paulo Sérgio Kappel, que esteve presente no ato, e Dário Abadia Germano, representado por seus familiares, entre eles o filho, presidente da Fenasoja 2024, Dário Júnior da Motta Germano.

DÁRIO ABADIA GERMANO

O engenheiro agrônomo Dário Abadia Germano ingressou na Ascar em 1º de junho de 1971. Em seu trabalho no Escritório Municipal de Crissiumal, era reconhecido pela generosidade e solicitude com as famílias assistidas e com os colegas da Emater/RS-Ascar.

Em 1975 passou a atuar junto ao Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, onde seguiu sua trajetória até 2008. Ainda na década de 70, foi gerente regional, coordenando o trabalho de Aters na região.

Logo após, contribuiu com o desenvolvimento agropecuário regional ao assumir o cargo de assistente técnico regional na área de Leite, acompanhando importantes evoluções no setor. Foi um dos entusiastas do pastoreio rotativo, que contribuiu com a disseminação da produção de leite a pasto na região. Hoje, mais de 84% das propriedades da região adotam o sistema.

Também fomentou a introdução de diferentes forrageiras que contribuem para a maior produtividade do rebanho, entre elas a alfafa. Mais tarde, apresentou o sistema silvipastoril como mais uma alternativa para a atividade leiteira, aliando sombra e alimentação para o rebanho na mesma área.

O trabalho na área de milho como base de diferentes cadeias produtivas foi outro destaque.  No que tange à segurança e a soberania alimentar, contribui com a coordenação do trabalho nas áreas de produção de mandioca e de feijão.

Por muitos anos seu conhecimento qualificou também o Informativo Conjuntural elaborado na região, uma sistematização das principais informações agropecuárias, que oportuniza compreensão do cenário e decisões mais estratégicas por parte dos setores produtivo e público.

PAULO SÉRGIO KAPPEL

Paulo Sérgio Kappel, por sua vez, contribuiu com a Aters gaúcha por 50 anos. Ele marcou história ao inaugurar o primeiro escritório da Ascar na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Com o estágio inicial concluído, seguiu de Jipe, do Escritório Central, em Porto Alegre, até Santa Rosa, onde inaugurou o Escritório Municipal da Ascar. O desafio do trabalho começava pelo básico em terras tomadas pelas barbas de bode e por condições precárias de moradia, saúde e alimentação.

Em 1958 passou a atuar no Escritório Regional de Santa Rosa, onde foi assistente técnico regional. Na década de 60 se acentuava a preocupação com a baixa fertilidade do solo, associada à baixa produtividade. Foi então que Kappel, junto com outras lideranças visionárias, marcou a história da agricultura gaúcha. Ascar e Associação Rural se aliaram a técnicos do setor de solos da Faculdade de Agronomia e Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), sob a orientação e participação de especialistas de solos da Universidade de Wisconsin (EUA), em uma iniciativa que culminou na Operação Tatu, programa de melhoria da fertilidade do solo que revolucionou os resultados da agricultura e contribuiu para frear o êxodo rural. 

Além de ter se destacado com o trabalho na área de solos, o engenheiro agrônomo coordenou também trabalhos na área da suinocultura, com ênfase na melhoria genética dos suínos, que na época significavam um dos pilares da economia local. Esteve presente na 1ª Fenasoja, em 1966, quando a genética suína, inclusive, foi um dos destaques da programação.

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