Fevereiro Laranja alerta para a luta contra a leucemia e a importância do diagnóstico precoce
Com o laço laranja, fevereiro traz um alerta importante: a luta contra a leucemia. Essa campanha, conhecida como Fevereiro Laranja, não é apenas sobre conscientização, mas um convite para entender os sinais da doença, conhecer os tratamentos e agir para salvar vidas.
Antes de tudo, é bom saber o que acontece no corpo. A leucemia é um câncer que começa na medula óssea, tecido líquido dentro dos ossos - popularmente conhecido por "tutano". É lá que nascem os glóbulos brancos, vermelhos e as plaquetas. Quando algo dá errado, células normais acabam se transformando em cancerosas, multiplicando-se descontroladamente e atrapalhando o funcionamento do sangue. Vale destacar que existem quatro tipos principais de leucemia, cada um com características específicas, afetando desde crianças até idosos.
Os sintomas podem passar despercebidos ou parecer algo comum, como cansaço ou febre. Mas manchas roxas pelo corpo, infecções recorrentes, anemia, dores nos ossos e articulações são alertas importantes. Rogéria Rocha, professora do curso Técnico de Enfermagem da Fundatec, reforça: "Ao se deparar com sinais e sintomas inexplicáveis ou persistentes, procure um médico imediatamente."
Um simples hemograma, aquele exame de sangue básico, pode levantar suspeitas. Para confirmar, é necessário um mielograma, que analisa a medula óssea. Diagnósticos precoces fazem toda a diferença. "Quando há suspeita de leucemia, o hemograma deve ser solicitado o mais rápido possível", orienta Rogéria.
A luta contra a leucemia pode incluir quimioterapia, controle de infecções e, em alguns casos, transplante de medula óssea. No Brasil, o SUS - Sistema Único de Saúde, é essencial para garantir que pacientes tenham acesso ao tratamento. Mas Rogéria lembra que a jornada não é só física: "Receber o diagnóstico causa um grande impacto psicológico. É um duelo físico e emocional, muitas vezes acompanhado de dificuldades financeiras."
Não há garantias, mas evitar fatores de risco como tabagismo e exposição a substâncias químicas já ajuda. Medidas simples no trabalho, como o uso de equipamentos de proteção, também são fundamentais. Além disso, a campanha reforça a importância da doação de sangue e medula óssea, atos que podem literalmente salvar vidas.
Para quem enfrenta a leucemia, o suporte da família e dos amigos é crucial. "Eles devem acolher, confortar e incentivar o tratamento, cuidando com carinho de seu ente querido", diz Rogéria. Esse apoio emocional pode ser tão importante quanto os medicamentos.
Como ajudar na luta contra a leucemia
Doar sangue ou se cadastrar como doador de medula óssea são formas diretas de fazer a diferença. No Brasil, o REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) organiza o processo. O cadastro é simples e pode começar no hemocentro mais próximo, onde será coletada uma pequena amostra de sangue que será analisada para identificar as características genéticas do doador, essenciais para verificar a compatibilidade com possíveis receptores.
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